sábado, 29 de novembro de 2014

LAVAR AS MÃOS DO PAI


LAVAR AS MÃOS DO PAI PELA PRIMEIRA VEZ

LIÇÃO DE VIDA - Para refletir

Um jovem foi se candidatar a um alto cargo em uma grande empresa . Passou na entrevista inicial e estava indo ao encontro do diretor para a entrevista final. O diretor viu seu CV, era excelente. E perguntou-lhe: 
- Você recebeu alguma bolsa na escola? - o jovem respondeu - Não.
- Foi o seu pai que pagou pela sua educação?
- Sim - respondeu ele.
- Onde é que seu pai trabalha?
- Meu pai faz trabalhos de serralheria.

O diretor pediu ao jovem para mostrar suas mãos.
O jovem mostrou um par de mãos suaves e perfeitas.

- Você já ajudou seu pai no seu trabalho?
- Nunca, meus pais sempre quiseram que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, ele pode fazer essas tarefas melhor do que eu.

O Diretor lhe disse:
- Eu tenho um pedido: quando você for para casa hoje, vá e lave as mãos de seu pai. E venha me ver amanhã de manhã.

O jovem sentiu que a sua chance de conseguir o trabalho era alta!

Quando voltou para casa, ele pediu a seu pai para deixá-lo lavar suas mãos.
Seu pai se sentiu estranho, feliz, mas com uma mistura de sentimentos e mostrou as mãos para o filho. O rapaz lavou as mãos de seu pai lentamente. Foi a primeira vez que ele percebeu que as mãos de seu pai estavam enrugadas e tinham muitas cicatrizes. Algumas contusões eram tão dolorosas que sua pele se arrepiou quando ele a tocou.

Esta foi a primeira vez que o rapaz se deu conta do significado deste par de mãos trabalhando todos os dias para pagar seus estudos. As contusões nas mãos eram o preço que seu pai teve que pagar por sua educação, suas atividades escolares e seu futuro.
Depois de limpar as mãos de seu pai, o jovem ficou em silêncio organizando e limpando a oficina do pai. Naquela noite, pai e filho conversaram por um longo tempo.

Na manhã seguinte, o jovem foi encontra-se com o Diretor.
O diretor percebeu as lágrimas nos olhos do moço quando ele perguntou:
- Você pode me dizer o que você fez e aprendeu ontem em sua casa?
O rapaz respondeu: 
- Lavei as mãos de meu pai e também terminei de limpar e organizar sua oficina. Agora eu sei o que é valorizar, reconhecer. Sem meus pais, eu não seria quem eu sou hoje... Por ajudar o meu pai agora eu percebo o quão difícil e duro é para conseguir fazer algo sozinho. Aprendi a apreciar a importância e o valor de ajudar a família.

O diretor disse: 
- Isso é o que eu procuro no meu pessoal. Quero contratar uma pessoa que possa apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que conhece os sofrimentos dos outros para fazer as coisas, e que não coloca o dinheiro como seu único objetivo na vida. Você está contratado.

Uma criança que tenha sido protegida e habitualmente dado a ela o que quer, desenvolve uma mentalidade de "Tenho direito" e sempre se coloca em primeiro lugar. Ignora os esforços de seus pais.
Se somos esse tipo de pais protetores, estamos realmente demonstrando amor ou estamos destruindo nossos filhos?

Você pode dar ao seu filho uma casa grande, boa comida, educação de ponta, uma televisão de tela grande... Mas quando você está lavando o chão ou pintando uma parede, por favor, o faça experimentar isso também . Depois de comer, que lave os pratos com seus irmãos e irmãs. Não é porque você não tem dinheiro para contratar alguém que faça isso; é porque você quer amar do jeito certo. Não importa o quão rico você é, você quer entender. Um dia, você vai ter cabelos brancos como a mãe ou o pai deste jovem.

O mais importante é que a criança aprenda a apreciar o esforço e ter a experiência da dificuldade, aprendendo a capacidade de trabalhar com os outros para fazer as coisas.

(Tradução da postagem de Adri Gehlen Korb)

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Carta aos Participantes do XXIV Encontro de CEBs da Transamazônica e BR 163



Carta aos Participantes do XXIV Encontro de CEBs da Transamazônica / Santarém – Cuiabá em Morais Almeida

Queridos a amados irmãos em Cristo,

Gostaria imensamente de estar presente no XXIV Encontro de CEBs da Transamazônica / Santarém – Cuiabá, a ser realizado entre os dias 21 e 24 de agosto de 2014 em Morais Almeida – Paróquia Santa Luzia de Novo Progresso, mas não é possível devido a um problema no meu olho esquerdo.
Quero cumprimentar e saudar a todos, de maneira especial os participantes de fora, ou seja, da Prelazia do Xingu e das dioceses de Cametá, Óbidos e Santarém. A todos da Prelazia de Itaituba, além da saudação, quero dizer que estou feliz com a vossa presença porque confio que a vossa participação se reverterá num grande entusiasmo e revitalização das CEBs em nossa Prelazia. Quero agradecer o povo de Morais Almeida pelo empenho, dedicação e suor na organização e acolhimento dos participantes.
Um dos grandes frutos do Concílio Vaticano II na América Latina foi o reflorescimento das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). As CEBs tiveram por longos anos um papel importante na vida da Igreja, ajudando-a em sua renovação pós-conciliar e transformação da sociedade. Não tenho dificuldade em afirmar que se o Brasil melhorou, deve-se muito também às CEBs. Falo de CEBs e não simplesmente de Comunidades de Base. A diferença é que as CEBs tem um “E” no meio, que significa ECLESIAL. Portanto tem uma marca essencial e fundamental: a marca da e da IGREJA.
Com o passar do tempo houve um cansaço e muitas comunidades, que não se renovaram, acabaram desaparecendo.
Nos últimos tempos a Igreja vem insistindo para que se faça uma revitalização das CEBs. Basta ver os documentos de Aparecida, Santarém 2012 e Manaus 2013.
O Papa Francisco em sua mensagem ao 13º Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base, realizado entre os dias 7 e 11 de janeiro de 2014, na cidade de Juazeiro do Norte, Ceará, escreveu:
Como lembrava o Documento de Aparecida, as CEBs são um instrumento que permite ao povo “chegar a um conhecimento maior da Palavra de Deus, ao compromisso social em nome do Evangelho, ao surgimento de novos serviços leigos e à educação da fé dos adultos” (n. 178). E recentemente, dirigindo-me a toda a Igreja, escrevia que as Comunidades Eclesiais de Base “trazem um novo ardor evangelizador e uma capacidade de diálogo com o mundo que renovam a Igreja”, mas, para isso é preciso que elas “não percam o contato com esta realidade muito rica da paróquia local e que se integrem de bom grado na pastoral orgânica da Igreja particular” (Exort. Ap. Evangelii gaudium, 29).
Assim sendo, temos o incentivo e a aprovação oficial da Igreja e do Papa Francisco para as CEBs.
Reconheço que temos um longo caminho a fazer, mas contando com pessoas de fé, como vocês, poderemos revitalizar as CEBs e levar a nosso região a um desenvolvimento que inclua a todos, respeitando o meio ambiente e a vida.
Ao ler os Atos dos Apóstolos, vamos constatar que as primeiras comunidades cristãs, ou seja, as primeiras CEBs foram essencialmente missionárias. Enviavam missionários para fundarem novas comunidades. Com isto o Evangelho foi sendo anunciado a todas as partes do mundo conhecido na época. A dimensão missionária não pode faltar nas CEBs. A Prelazia de Itaituba está vivendo um momento de graça através das Santas Missões Populares. As CEBs devem ter um papel preponderante nas Santas Missões. Quem participar do XXIV Encontro de CEBs deve dar exemplo de ação missionária. Deve se empenhar para organizar círculos bíblicos e fundar novas comunidades. Não pode ter preguiça de visitar as famílias e ser um verdadeiro missionário.
CEB que não se alimenta da Palavra de Deus e da Eucaristia não é verdadeira CEB. Por isso recordo o lema do XXIV Encontro de CEBs da Transamazônica / Santarém – Cuiabá: Na Palavra de Deus está a nossa Esperança”, mas também que em cada comunidade a Eucaristia seja o ponto central, como afirma o Concílio Vaticano II: a Eucaristia é «fonte e cume de toda a vida cristã» (LG 11).
Por último: estes Encontros das CEBs da Transamazônica / Santarém – Cuiabá não deveriam ser apenas encontros anuais. Deveriam animar os participantes a se organizarem e produzirem frutos em suas Diocese, Prelazias e Paróquias. A minha primeira participação nestes encontros foi no Encontro realizado em Miritituba em 2012. O que resta daquele Encontro além das camisetas? E do Encontro de Anapu? Vamos continuar assim? O desafio é melhorar a organização para que a participação aumente e seja um evento esperado e desejado por todos.
A todos envio a minha bênção episcopal e manifesto a certeza de que o Espírito Santo ajudará para que este encontro produza muitos frutos.
Itaituba, 21 de agosto de 2014.

Dom Frei Wilmar Santin, O.Carm.

Bispo da Prelazia de Itaituba

quinta-feira, 24 de julho de 2014

FREI AFONSO PFLAUM



FREI AFONSO PFLAUM, O.CARM.
(1939 - + 2014)



Frei Afonso Pflaum nasceu dia 19 de fevereiro de 1939 em Bamberg, Alemanha. Seus pais eram agricultores e moravam na cidadezinha (Dorf = aldeia) Dietendorf. Foi batizado já no dia seguinte de seu nascimento com o nome de Friedrich (Fritz).
Em 1949 entrou no Seminário Marianum dos carmelitas em Bamberg. No dia 7 de setembro de 1958 iniciou seu noviciado em Straubing, recebendo o nome de Afonso. Emitiu seus primeiros votos na Ordem do Carmo dia 8 de setembro de 1959. Estudou Filosofia e Teologia em Bamberg. Em 30 de outubro de 1961 recebeu a Tonsura; e as Ordens Menores, dia 23 de dezembro de 1961. Professou seus votos perpétuos dia 8 de setembro de 1962. Seu Subdiaconato aconteceu dia 17 de fevereiro de 1963 e foi ordenado diácono dia 9 de março de 1963. Foi ordenado sacerdote dia 26 de julho de 1964 na catedral de Bamberg. Após a ordenação foi trabalhou prefeito no Seminário Marianum.
 Em 1966 foi designado para trabalhar no Brasil, mais precisamente para substituir o Frei Rafael Mainka, que estava muito doente, como professor no Seminário Imaculada Conceição de Graciosa. Seu envio missionário aconteceu dia 23 de outubro de 1966 na Igreja dos Carmelitas de Bamberg. Partiu do porto de Hamburgo para o Brasil dia 2 de novembro de 1966. No seminário de Graciosa foi professor de Latim, Religião, Alemão e Grego nos anos 1967-68.
Em 1969 Frei Afonso Pflaum transferido para Curitiba como pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição – Vila Fanny, formador dos junioristas e mestre de noviços. Em 1973 trabalhou em Paranavaí como vigário paroquial da Paróquia São Sebastião. De 1974 a 1979 foi pároco em Graciosa. Nos anos 1980 e 1981 foi diretor do Seminário São João da Cruz em Paranavaí e vigário paroquial da Paróquia São Sebastião.
Em 1982 foi transferido para Camocim de São Félix, PE, como mestre de noviços do noviciado interprovincial dos carmelitas do Brasil, mas também foi pároco nesta cidade pernambucana. Em 1988 foi eleito Comissário Provincial dos Carmelitas do Paraná e por isso retornou a Paranavaí. Em 1989 ajudou Frei Joaquim Knoblauch na Paróquia Bom Jesus de Dourados, MS, como vigário paroquial. Retornou a Graciosa como pároco. Nos anos 1996-98 trabalhou em Angélica, MS, como pároco. Ali recebeu o título de cidadão Honorário desta cidade mato-grossense-do-sul. Em 1999 retornou a Curitiba como pároco até o início de 2002. Depois mais uma vez foi designado para trabalhar em Graciosa.  Em 2005 foi novamente para Paranavaí como vigário Paroquial da Paróquia São Sebastião. Em 2006 foi transferido para Dourados, MS. Em 2008 foi para Curitiba, mas desta vez para o Mosteiro Monte Carmelo. Em setembro de 2009 retornou para a Alemanha, indo morar em Straubing, onde havia feito o noviciado.
Em março de 2013 foi transferido para Bamberg, mas em julho foi diagnosticado um tumor maligno em seu pâncreas. Seu último ano de vida, viveu em sua casa materna em Dietendorf. Aceitou a doença com grande resignação, paciência e sem reclamação. Faleceu dia 22 de julho de 2014, quatro dias antes de completar 50 anos de sua Ordenação Sacerdotal. Foi sepultado justamente no dia de seu Jubileu de Ouro Sacerdotal, ou seja, dia 26 de julho de 2014 – Festa de São Joaquim e Santa Ana, pais e Nossa Senhora e avós de Jesus.

Frei Afonso Pflaum foi um homem de oração. Todos que conviveram com ele são testemunhas disto. Tinha um exemplar zelo pastoral. Além de ter trabalhado em várias paróquias e comunidades, dedicou-se muito a movimentos eclesiais como Cursilho de Cristandade, Movimento Familiar Cristão, T.L.C. Por onde passou deixou saudades e muitas amizades, mas principalmente deixou a imagem de um grande carmelita, excelente sacerdote e dedicado missionário. O grande número de transferências mostra que ele foi um grande obediente e disponível para ir onde fosse necessário. Os carmelitas do Paraná e do Brasil devem muito a ele por ter trabalhado muito na formação. Várias gerações de carmelitas brasileiros receberam a sua orientação espiritual, humana e religiosa. Sua espiritualidade deixava marcas por onde passava. Estava sempre disponível para ser transferido.

sábado, 31 de maio de 2014

A FÁBULA DO SAPO E A ROSA


A FÁBULA DO SAPO E A ROSA



O sapo e a rosa viviam em um jardim. Se amavam e eram amigos. Um dia, a cobra falou para a rosa:
 
- Nossa, como você pode ser amiga desse bicho tão feio e nojento?
A rosa ficou confusa e disse ao sapo para não lhe procurar mais, e mesmo sem saber o motivo, o sapo foi embora muito triste.

Um certo dia, o sapo voltou ao jardim e viu a rosa murcha e sem vida. Então o sapo se aproximou e perguntou o que havia acontecido, e a rosa respondeu:
 
- Desde o dia em que te mandei embora, os insetos me perseguem, e era você quem os comia pra mim... 

Moral da história: Nunca despreze BONS amigos por influência de cobras invejosas. Ame na simplicidade seus amigos.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Dia da eleição de Bento XVI - 19 de abril de 2005


Eu estava lá na Praça São Pedro no anúncio da eleição de Bento XVI!




Sim eu estava lá na “Piazza San Pietro” no momento da fumaça branca e do anúncio da eleição do Papa Bento XVI. Foi uma das emoções mais fortes da minha vida!
Depois de ter ido ao meio-dia ao Vaticano e ter voltado um pouco frustrado por causa da “fumaça preta”, me programei voltar às 19h quando, segundo os jornais, sairia novamente a fumaça preta ou branca. Mas como a rádio Vaticana estava sempre repetindo que se o novo Papa fosse eleito já na primeira votação, seria anunciado pelas 17h30, pensei: não posso perder este momento histórico e por isso, mesmo que eu tenha que ficar das 17h até as 20h ou mais, vou para praça já. Falei com outros padres e fomos à “Piazza San Pietro”. Quando chegamos, em torno das 17h, havia relativamente poucas pessoas na praça. Parecia que o povo não esperava que antes das 19h fosse anunciado o novo Papa.
Meus colegas quiseram se posicionar antes do obelisco. Como vi uma bandeira brasileira bem de fronte à basílica, fui em sua direção para fotografá-la. Frei Pedro Bravo, um padre carmelita português, me acompanhou. Tirei várias fotografias e de repente vi sair fumaça do chaminé. Tive a certeza absoluta de que já havia sido eleito o novo Papa. Mas havia dúvidas porque a fumaça não era totalmente branca (nem podia ser, porque sempre é um pouco cinza pelo menos). Além disso o sino não batia, como tinha sido anunciado como um dos sinais da eleição. Eu não quis nem saber: soltei a criança que está dentro de mim e comecei a pular e gritar: “È bianca! È bianca! È bianca!” (É branca!). Nisto um repórter de uma TV portuguesa se aproximou e começou a falar em inglês perguntando se nós estávamos realmente convencidos de que era fumaça branca. Frei Pedro reconheceu pelo logotipo que era uma TV portuguesa e começou a falar em português com o repórter. Ele confirmou que era português. Pediu-nos para que ficássemos perto dele para dar entrevista sobre o novo Papa, quando fosse anunciado quem seria. A fumaça continuava a sair e nada dos sinos badalarem. Quando começou a fumaça era mais ou menos às 17h50. Às 18h escutamos uma badalada do sino. Foi uma gritaria de arrepiar na praça. Logo em seguida viu-se que era a badalada normal das 6h da tarde. Foi uma risada só. Mais ou menos 18h05 o sino da Basílica começou a se mexeu. Gritei para o rapaz que tinha a câmara da TV: “o sino está se mexendo! Focalize o sino! Temos um novo Papa”. Ele não sabia para onde direcionar a câmara. Apontando na direção do sino,  gritei: “Lá! Lá!” Ele se virou e começou a tomar imagens do sino que ainda não badalava mas tomava impulso. Quando começou a badalar, foi uma alegria contagiante na praça. Gritos: “habemus Papam”. Não me aguentei e novamente comecei a pular e gritar. O que nunca tinha feito em minha vida, estava fazendo! Comecei a sentir “um nó” na garganta e uma vontade imensa de chorar de alegria. Ao meu lado, as pessoas também vibravam e gritavam. Só quem estava ali pode entender a minha emoção e alegria. Eu nunca tinha sentido algo igual. Agora que escrevo e revivo as emoções, só posso agradecer a Deus por tamanha graça!
Depois havia a expectativa: quem é o novo Papa? Foram longos minutos de espera. Quando apareceu o cardeal designado para anunciar quem era o novo Papa, nova gritaria e emoção na praça. Mas antes disto muita gente correu até a praça São Pedro, que ficou superlotada bem como a via della Conciliazione. Não sei, mas devia haver mais de 400 mil pessoas no final e muito mais gente chegou depois. O cardeal chileno Jorge Arturo Medina Estévez pelo microfone falou: «Annuntio vobis gaudium magnum; habemus Papam: Emminentissimum ac Reverendissimum Dominum Josephum, Sanctae Romanae Ecclesiae Cardinalem Ratzinger, qui sibi nomen imposuit Benedictus XVI» («Anuncio-vos uma grande alegria, temos Papa: o Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor José, Cardeal da Santa Romana Igreja Ratzinger, o qual se deu o nome Bento XVI»). Novamente uma gritaria total. Foi emocionante a aparição do novo Papa no balcão em frente da Basílica. O povo gritava: “Benedetto! Benedetto! Benedetto!”. Não tive dúvidas: também gritei o nome do novo Papa o mais alto que eu podia. Quando o novo Papa começou a falar, novamente aplausos e gritos emocionados tomaram conta da praça. Sua mensagem foi curta: Queridos irmãos e irmãs: Depois do grande Papa João Paulo II, os senhores cardeais elegeram a mim, um simples humilde trabalhador na vinha do Senhor. Consola-me o fato de que o Senhor sabe trabalhar e atuar com instrumentos insuficientes e, sobretudo, confio nas vossas orações. Na alegria do Senhor ressuscitado, confiados em sua ajuda permanente, sigamos adiante. O Senhor nos ajudará. Maria, sua santíssima Mãe, está do nosso lado. Obrigado.” No final a esperada bênção do Papa «Urbi et Orbi» (para Roma e para o mundo). Arrepiei-me da cabeça aos pés e me comovi todo, porque era a primeira vez que recebia a bênção «Urbi et Orbi» ali ao vivo na Praça São Pedro.
A TV portuguesa me perguntou: “por que você acha que o Papa escolheu o nome: Bento XVI”. Respondi: “penso que ele quer recordar São Bento, o fundador dos monges beneditinos, que levaram o evangelho a várias partes da Europa, inclusive para a Alemanha, lançando as bases do cristianismo no coração de vários povos. Mas também talvez porque quer recordar o Papa Bento XV, que governou a Igreja nos difíceis anos de 1914 a 1922, ou seja, durante a Primeira Grande Guerra mundial e os anos sucessivos. Ele era não era bem visto por ser considerado um modernista. Mas demonstrou ser um homem preparado para conduzir a Igreja. Talvez ele queira demonstrar que o “clichê” de conservador imposto a ele não tem razão de ser. Uma coisa é ser Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e outra é ser Papa”. Não sei se isto é o motivo pelo qual ele escolheu o nome de Bento XVI, porém esta é a minha primeira impressão.
A eleição de Bento XVI pode gerar inquietações por causa da imagem do cardeal Ratzinger cultivada negativamente em alguns ambientes eclesiásticos e setores da imprensa. Como eu não tenho dúvidas de que a Igreja é conduzida pelo Espírito Santo, tenho a firme convicção de que a eleição de Bento XVI é providencial e trará grandes benefícios tanto para a Igreja e como para o mundo.
O dia 19 de abril de 2005 é um dia que jamais esquecerei!
Dom Frei Wilmar Santin, O.Carm.

sábado, 12 de abril de 2014

O JUMENTINHO QUE CARREGOU JESUS




O JUMENTINHO QUE CARREGOU JESUS

O jumentinho, que carregou Jesus na entrada triunfal em Jerusalém, ao voltar para sua casa, todo contente, falou para sua mãe:
- Fui à cidade de Jerusalém e quando lá cheguei fui aplaudido, a multidão gritava alegre, estendia seus mantos pelo chão... Todos estavam contentes com minha presença.
Sua mãe questionou se ele estava só e o burrinho disse:
- Não, estava levando um homem com o nome de Jesus.
Então sua mãe falou:
- Filho, volte a essa cidade, mas agora sozinho.
Então o burrinho respondeu:
- Quando eu tiver uma oportunidade, voltarei lá...
Quando retornou sozinho à capital, todos que passavam por ele fizeram o inverso, maltrataram-no, xingaram-no e até mesmo bateram nele.
Voltando para sua casa, disse para sua mãe:
- Estou triste, pois nada aconteceu comigo. Nem palmas, nem mantos, nem honra... Só apanhei, fui xingado e maltratado. Eles não me reconheceram, mamãe...
Indignado o burrinho disse a sua mãe:
- Porque isso aconteceu comigo?
Sua mãe respondeu:
- Meu filho querido, você sem JESUS é só um jumento... 


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